PREFEITURA DA CASA PONTIFÍCIA
Sala de Imprensa da Santa Sé
II Boletim Semanal
04 a 10 de Julho
Sob o Reinado de
BENTO PP. VI
Sala de Imprensa da Santa Sé
II Boletim Semanal
04 a 10 de Julho
Sob o Reinado de
BENTO PP. VI
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A Santa Igreja iniciou esta semana com a despedida do Papa Sebastião II, encerrando seu pontificado marcado pelo retorno de muitos clérigos antigos à comunhão com a Sé. O anel do pescador fora quebrado e a renúncia papal consumada na noite do Domingo, 3 de julho, Solenidade de São Pedro e São Paulo, iniciando assim o tempo de Sé Vacante que foi marcada por muita expectativa e oração do povo de Deus, que aguardava ansiosamente por um novo pastor.
Durante a vacância do Trono de Pedro, ocorreram as tradicionais missas e orações em intenção do santo conclave, presididas pelos cardeais, na Basílica Vaticana . Nesse sentido, foi possível constatar a sólida união da Santa Igreja, que, voltando seu olhar para a Cidade Eterna, clamava a inspiração do Paráclito para que enviasse um Pontífice de Seu agrado.
Com o passar da semana, chegou-se o dia que todos aguardavam com muita esperança: a eleição papal, num Sábado, dia dedicado à Nossa Senhora. A eleição se iniciou com a solene Missa Pro Eligendo Romano Pontifice presidida por S. E. R. Dom Daniel Stramantino, Decano do Sacro Colégio, na Basílica de São Pedro, às 13:30. Ao final da celebração, os cardeais acenavam ao povo presente na assembleia da Basílica, que ofereciam suas orações para uma santa votação: um gesto muito tradicional na Santa Igreja do Habbo, simbolizando uma radiante unidade entre o povo eleito e seus pastores.
Em seguida, os mesmos cardeais se deslocavam da Casa Santa Marta, onde se encontravam enclausurados, até à Capela Sistina, passando pela Praça de São Pedro e, mais uma vez, acenando aos fiéis ali presentes. Nessa Santa Praça reuniu-se a multidão que, assim como aqueles que aguardavam Jesus em Jerusalém no dia de Ramos, aguardava o seu novo pastor que haveria de surgir na sacada da Basílica. Após três fumaças pretas fumegarem da chaminé da Capela Sistina, na quarta votação apareceu o sinal que todos esperavam: fumaça branca, nós temos um Papa! Depois de alguns minutos, apareceu o Cardeal proto-diácono, Dom Jorge Snaif Cardeal Médici, na sacada de São Pedro, proferindo o seguinte anúncio:
"Annuntio vobis gaudium magnum; Habemus Papam: Eminentissimum ac reverendissimum Dominum, Dominum Danielis Paulus, Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinali Stramantino, qui sibi nomen imposuit Benedictus"
Revelando, assim, a identidade do novo Pastor Universal: o Decano Daniel Paulo Stramantino, que adotou o nome de Bento VI, tornando-se o 77º Papa da Igreja Habbiana. Em seu discurso, enfatizou o espírito do serviço à Casa de Deus e aos irmãos, afirmando que, assim como Nosso Senhor Jesus Cristo, ele não veio para ser servido, e sim para servir. Ao final da alocução, concedeu a solene benção Urbi et Orbi, isto é, da cidade de Roma para o mundo.
A Igreja se rejubila com a chegada do Papa Bento VI, oferecendo a Deus suas incessantes orações pelo pontificado de Sua Santidade e por todo apostolado do Habbo!
A VOZ DO CAMERLENGO:
O que pensa o então camerlengo sobre a eleição?
Mons. Bruno: Como o senhor se sente com o fim de mais um conclave, marcado pela ampliação do Sacro Colégio Cardinalicio?
Dom Snaif: A cada conclave a Igreja recebe uma nova inspiração de mudança. Cada conclave tem sua marca benéfica para Igreja. Por isso, o conclave que aconteceu serviu para mostrar um novo desenvolvimento do pensamento da Igreja, uma nova reabertura à comunhão e menos tolerância com a desunião.
Mons. Bruno: Podemos dizer que, em muitas questões, o cardeal Stramantino demonstrou em seus pontificados anteriores ser flexível. De que maneira ele vai encarar esse novo momento?
Dom Snaif: Não há como saber, pois o papado vive de momentos e esses momentos exigem atitudes diferentes em cada um deles. Não tem como afirmar que o cardeal Stramantino será igual João Paulo IV, seu primeiro papado, ou como Clemente II, o seu penúltimo. A Igreja muda em certas atitudes, os papas seguem esses "ventos" muitas das vezes. Entretanto, tenho por concepção que ele sabe escutar a voz do Espírito que suscita a Igreja e que será, verdadeiramente, um pastor compromissado com todos, sem excluir nenhum de seus filhos. Deste modo, a maneira melhor de encarar o novo tempo é saber escutar o que a Igreja pede e o que Deus dá como ferramenta para construção de novos trilhos.
Mons. Bruno: Assim sendo, esses "novos trilhos" representariam mais uma continuidade de seu antecessor ou literalmente uma nova inspiração? E, tendo em vista um colégio mais plural, você acha que o nome de Dom Daniel Stramantino consegue representar com igualdade os diferentes grupos e pensamentos presentes no cardinalato?
Dom Snaif: A pluralidade de ideias é muito benéfica à Igreja quando é respeitada, pois é sinal dos diversos dons e carismas que o Espírito Santo distribui no Corpo místico de Cristo (Cf. S. Paulo aos Corintios). Acredito que o Papa não precise atender ou representar um lado, mas agir da forma que sua consciência achar melhor e também, caso necessite, tome parte dos conselhos do Colégio. Diferenças sempre vão existir, mas o amor pela Igreja deve sempre reinar e o Papa deve salvaguardar isso.
Mons. Bruno: Encerramos aqui nossa entrevista com o Cardeal Dom Jorge Snaif Médici à Sala d'Stampa. Obrigado, eminência.
Dom Snaif: Gostaria de agradecer à Sala de Imprensa, na pessoa de Mons. Bruno Bortoluzzo, por ter me feito perguntas tão riquíssimas que engrandecem o entendimento de toda a igreja sobre o pensamento do Sacro Colégio Cardinalício, no que tange ao pontificado de Sua Santidade, Bento VI!
Palácio Apostólico, 12 de Julho de 2022
MONS. BRUNO BORTOLUZZO,
Diretor
MONS. ANTONIO FARNESE,
Redator
+ TOMÁS ARAÚJO VON KLAPPERSCHLANGE,
Prefeito e Revisor