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Carta aos Curas e Encarregados Pastorais | Dicastério para os Leigos e a Família e a Vida


DICASTÉRIO PARA OS LEIGOS E A FAMÍLIA E A VIDA

todos os que lerem, saudações em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Prot. FF 00I/23

        Antes de mais nada, apresento a administração desse período de nomeação composta por mim e pelo digníssimo secretário, Monsenhor Frei João Paulo Cantalamessa. Agradecemos o convite e confiança do Papa Paulo Quinto na concessão dessa congregação das pessoas leigas para a nossa responsabilidade. 

        Estando eu presente no trabalho pastoral da igreja nas últimas quatro semanas, pude testemunhar o importante trabalho que os leigos desempenham em diversas áreas da igreja e acompanhei por maioria das vezes os seus triunfos e fracassos. E por essa demonstração que tive, venho por meio das faculdades concedidas a mim por esse dicastério, que zela em primazia pelos leigos, manifestar as minhas considerações e publicar sobre as coisas que necessitam de solução.

        No que diz respeito ao trabalho pastoral, é muito necessário e louvável a participação de todos que se sentem no desejo de ajudar a igreja de uma forma mais íntima, como é o caso daqueles que exercem cargos em ministérios e pastorais. Alguns exemplos desses colaboradores são os ministros da comunhão, acolhida, palavra, leitura, entre outros. Todos que exercem papel em uma ou outra pastoral como essas que citei estão sujeitos aos direitos e deveres da sua função, assim como qualquer outro servidor da igreja. Ninguém é obrigado a participar como servidor de alguma coisa, com gente que até prefere apenas participar na assembleia, participando da liturgia dessa maneira como fiel. 

        Não é errado, porém, ofertar e convidar as pessoas que participam da igreja a ingressarem em uma ou outra pastoral, muito pelo contrário, desde que não se torne um inconveniente aos frequentadores locais, convites para uma participação mais íntima daqueles que ainda não são servidores da igreja é uma ótima maneira de agregar mais pessoal ao número de participante. E é ótimo que essas pessoas se sintam parte da igreja através desse trabalho, pois de fato são parte da igreja, tenhamos sempre isso em mente. Jamais consideremos abandonar esse compromisso com Deus e com a igreja sem que o motivo seja algo irreparável, até porque para Deus tudo o que existe pode ser reparado em seu imenso amor e poder.

        No que diz respeito ao convívio pastoral, sabemos que onde está o ser humano também está sua natureza falha, pois somente Deus é perfeito. Naturalmente, onde há mais de uma pessoa sempre haverá discordância, porque cada um pensa a sua própria maneira, por diversos aspectos que não vou citar aqui por ser matéria mais apropriada a historiadores e estudiosos da psicologia. Faz parte da vida humana os problemas de desentendimento entre um ou mais, sempre fizeram e sempre farão. Ninguém é obrigado a ser amigo de ninguém, e muito menos a gostar de todo mundo. É comum ter preferências de pessoas e de outras não, por vários motivos, mas como cristãos que somos temos de ter sempre em mente que todos somos filhos e filhas de Deus. 

        Nesse sentido de sermos todos filhos de um só Deus, um só Pai, devemos cultivar em nossos corações o espírito da fraternidade, e fraternidade quer dizer familiaridade entre irmãos. Saibamos, pois, superar as diferenças e agressões por parte de um e(ou) outro, e nos enxergar como iguais que somos, pecadores, frágeis, imperfeitos e irmãos, principalmente irmãos. Como disse, ninguém é obrigado a gostar de ninguém, e(ou) ser amigo de ninguém, mas isso não pode nos impedir de trabalharmos juntos, pois por mais que um ou mais irmãos possa nos ofender e agredir, ainda assim é parte da nossa família, nossa família de irmãos... por mais que ele ou ela possa não perceber, e não se enxergar assim. Nos esforcemos para trabalhar com o irmão que não é o favorito para termos ao nosso lado, e aprender também a suportar a presença do irmão que nos assaltou no passado.

        No que diz respeito ao convívio geral na igreja, os irmãos frequentadores, principalmente aqueles que desempenham papéis nas pastorais, tem como dever ajudar e servir a todos em Cristo, pois a igreja é coletividade. As pastorais, especialmente aquelas cuja função é receber os fieis, devem sempre receber agradavelmente os fieis frequentadores e recém-chegados, ajudando-os a entender do que se trata a reunião daquelas pessoas naquele lugar, o que é a igreja, o que ela faz, e tudo o que mais for apropriado responder. O convívio na igreja deve ser ameno e acolhedor, jamais inóspito e ameaçador, a igreja é para ser lugar de alegria, convívio e harmonia, e nunca qualquer coisa contrária disso. O padre responsável deve sempre zelar pela paz entre todos, principalmente no bem fluir dos trabalhos pastorais, a participação do povo e tudo o que mais for necessário para o andamento das coisas. Visar sempre a inclusão de todos, por mais desgastante que seja, pois cada um requer um grau e tipo de atenção especial, ninguém é igual. E quando conveniente penalizar alguma pessoa por um mau comportamento de algum tipo, observar a hierarquia de sanções, e não partir para a mais agressiva abordagem, mas sim utilizar de uma progressão exponencial de advertências e(ou) punições.

        Concluo pedindo que todos os fieis, membros e encarregados de pastoral, curas e padres reflitam essas palavras e encontrem nela a verdade e fundamento para guiar as coisas. Roguem pelo dom da sabedoria provinda do Espírito Santo para iluminar a cabeça de vocês e ajude a melhor trabalhar tudo o que já é da função de vocês, e tudo o que aqui foi disposto. Trabalhem em harmonia para o Reino de Deus na terra que há de vir, servindo o Senhor sempre com alegria e serão recompensados, não só aqui, mas também depois dessa vida. Contem com esse dicastério para ajudar qualquer problema passado, atual ou vindouro, pois aqui estamos para servir vocês. 

        Agradeço a quem acompanhou até aqui, sem mais nada a acrescentar, eu me despeço pedindo a intercessão da Santíssima Virgem do Monte do Carmo a todos os leitores. 


Dado em Roma, na Sede do Picaroto e Estofo, 
aos 23 dias do mês de setembro do ano de 2023. 





                                                                                      
Furio FRANCESCHINI
Prefeito


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