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Carta ao Clero - Ductus Spiritus Sancti

DOM MARLINDO CARDEAL ARAÚJO
POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
CARDEAL-BISPO DI SANCTA MARIÆ IN TABOSÆ
PREFEITO DA CONGREGAÇÃO PARA O CLERO

Ductus Spiritus Sancti (Guiados pelo Espírito Santo)
Sobre a ação do Espírito Santo na realidade virtual.

"Et repleti sunt omnes Sancto Spiritu" (At IV, XXII)"E todos ficaram cheios do Espírito Santo"

Dedicada ao Benemérito Pontificado de S.S. João Paulo VII

   Nas cartas anteriores tratou-se do amor para com a messe e para com os irmãos, como dito na Carta ''In Domo Patris'', sendo necessário reconhecer que é Cristo que vive em nós e não agimos na messe por nós mesmos, somos guiados pelo Senhor. Foi anunciado no prólogo da primeira carta "Caritatem Fraternitatis" que estamos caminhando para uma nova era onde é necessário que exerçamos a dimensão real de nossa Fé na realidade virtual mais do que nunca. Todos estes comentários e reflexões culminam para um eixo central: a ação do Espírito Santo em uma realidade virtual. 
   Quando pensamos no Espírito Santo e o associamos á nossa evangelização virtual imaginamos um Deus que adentra nos píxeis da tela de nosso computador e se espalha pelo orbe habbiano. Porém não é bem assim, pois  esta é uma visão caricata e pouco séria de Deus Onipresente. O Espírito Santo que d'Ele procede age na realidade virtual por meio de nós, seus filhos "Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós" (Mt 10, 20). Mas quem garante que estamos repletos do Santo Paráclito? A prova é simples: " [...] ninguém pode dizer: "Jesus é o Senhor", senão sob a ação do Espírito Santo" (I Cor 12, 3). Ou seja, a credibilidade de um religioso está no fato de reconhecer, professar e anunciar unicamente e exclusivamente a Cristo. O pastor que se abster de anunciar Nosso Senhor está corrompido pelo egoísmo diabólico e, portanto, não age sob o impulso do Santo Espírito Divino.  
   A seriedade do ministério ordenado está na vivência e na profissão de fé do religioso, onde há uma total entrega, uma plena doação a Deus na Igreja e esta mesma Igreja, portadora das chaves do Reino,  não merece menos do que a integral oferta de vida de seus servos. "[...] e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16, 18). Nesta coletânea de cartas pastorais, venho enfatizando esta entrega, este despojamento de si mesmo, pois só assim, extinguindo a si mesmo "[...] despojai-vos do velho homem" (Ef 4, 22) trarei no semblante o estandarte de Cristo e serei todo d'Ele. Sendo todo d'Ele serei preenchido por seu Paráclito e subsistirei n'Ele, com Ele e por Ele. Com Cristo, que é  verdadeiramente o Pontífice (ponte) "o único mediador entre Deus e os homens" (1 Tm 2,5) encontrarei o Divino Espírito. Cristo Jesus é a porta por onde o Paráclito Consolador adentra.
  Portanto, vivamos como irmãos em Cristo, filhos do Deus Vivo, repletos das graças advindas do Espírito Santo. Extirpemos nossas vontades, egos e vaidades relacionadas ao laboro da messe e vivamos especificamente para nossa missão evangelizadora. Preenchamos nosso coração com Cristo e seremos conduzidos por Ele até o fim. "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 20).
   Rogo á Santíssima Virgem Maria, sob o título de Senhora de Pentecostes, que  nos ampare na missão salvífica do Reino para que o Santo Paráclito influa em nossos corações e conduza o Pastor e o Rebanho para as verdes pradarias do aprisco celestial.
   Dado em Roma, no gabinete da Congregatio Pro Clericis, aos XIII dias do mês de agosto do ano da graça de N. S. Jesus Cristo de MMXX.                                                                               ___________________________________________

           Prefeito da Congregação para o Clero