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Carta ao povo de Deus

 
  
CARTA AO POVO DE DEUS

“Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com vestidos de ovelhas, e dentro são lobos roubadores! Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura os homens colhem uvas dos espinhos, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa dá bons frutos. Toda a árvore, que não dá bom fruto, será cortada e metida no fogo. Assim, pois, pelos frutos deles os conhecereis. ”[1]Nesse espírito admoestamos a todos aqueles que professam a fé no Salvador depositada nos baluartes da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.
Caríssimos, temos presenciado um dos episódios mais atrozes da Igreja presente no Habbo Hotel: uma divisão sem precedentes assola-nos nesse interim sendo provocado por senhores que se dizem a verdadeira face da Igreja. Ao declararem isso estes senhores, infelizmente, não se remetem à ideia da Igreja: a unidade, o corpo místico e visível de Cristo [2], mas ao seu projeto de Igreja, sua visão escusa, sobretudo em uma ideia incoerente. Estes mesmos são aqueles que perpetraram por muitos papados escândalos, deturpações, ameaças, destronamentos, sobretudo, separação por minúcias.
Assim sendo, a separatividade pode ser colocada como um grande mal que nos assola, não somente isso, mas ao analisarmos as Escrituras podemos perceber que o próprio Cristo advertiu sobre ela, bem como os Apóstolos, em especial São Paulo. Ao pensarmos que não somos um no Cristo podemos nos deleitar quando chantageamos, extorquimos, humilhamos e dividimos o próximo. Podemos aprazer vícios quando deixamos de pensar no semelhante e vemos outro alguém.
Um reino não pode subsistir quando está dividido [3], assim é o homem quando sua carne milita contra o Espírito [4], semelhantemente é um corpo que se divide. Assim, não se deve persistir em um propósito infundado senão no maior baluarte da Igreja: sua verdade. Nela repousamos em paz e segurança, pois a verdade é uma expressão do próprio Criador. Aos que se assemelham ao injusto, impune e infiel, sabemos sua procedência, seus motivos e seus anseios. Lhes admoestamos que "Aquele que resiste à potestade resiste à ordenação de Deus. E além disso contraria o amor devido ao próximo, enquanto lhe denega a obediência a que tem direito, na qualidade de superior..." [5]. Isto é, aqueles que resistem à verdade constituída em poder, resistem ao próprio Deus. Contrariam sua natureza humana e cristã, amam a si e não ao próximo, ferindo a Deus.
Portanto, àqueles que leem estas letras e não são filhos bastardos, mas sim legítimos filhos da Mãe Igreja levem em conta que os tempos atuais nos sugestionam reflexão. Tempos de reflexão, procura intensa de edificação, visto que vive-se uma realidade confusa, cheia de linhas cruzadas e contradições fantasiosas. Lembrem que como sal da Terra [6] não deixemos nos dissolver em meio a nossa vivência e circunstância.
“Ama a Verdade e realiza teu martyrion (testemunho) até as últimas consequências, ainda que isto te custe a própria vida. Dar a vida pela verdade é precioso e indispensável serviço aos irmãos, é fonte de profunda alegria. ” [7]

Dado e passado em Roma, aos trinta e um dias do mês de maio do ano do Senhor de dois mil e vinte. 



+D. Giuseppe Card. Betori
Presidente do Pontificio Conselho Ecclesia Dei 

+D. Pedro Card. Melchior
Presidente do Pontifício Conselho Para a Promoção da Unidade dos Cristãos 


REFERÊNCIAS:
[1] (Cf. S. Mateus, 7, 15-20)
[2] (Cf. Ef. 4, 15-16)
[3] (Cf. S. Mateus 12.25)
[4] (Cf. Gl. 5.17)
[5] (Suma Teológica, 3981, I, S.)
[6] (S. Mateus 5,13)
[7] O Amor à Verdade, D. Estêvão Bettencourt, OSB. Texto publicado na Revista Pergunte e Responderemos no 449, Outubro/1999.