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Pulchritudo liturgiæ (A beleza da liturgia)

 


CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS

COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA A LITURGIA 


A todos que estas letras chegarem saudações e bênçãos de Nosso Senhor

A liturgia é indubitavelmente um elemento que exerce grande importância na vida da Igreja, seja no orbe habbiano, seja na realidade. Originalmente, “liturgia”, significa “obra pública”, serviço por parte dele (Deus) em favor do povo. Na tradição cristã, quer dizer que o povo de Deus toma parte na obra do Senhor. Pela liturgia, Cristo, nosso Redentor, centro da liturgia e seu fim primeiro, se mantém em sua Igreja, agindo nela, por ela e com ela, operando a cada dia mais a obra da nossa redenção [1]. Observa-se ainda, além do aspecto transcendental do ato litúrgico, a sua dimensão terrena, sendo um modo de cultivar a fraternidade, a unidade e a missionariedade.
É necessário ainda, relembrar e destacar com a devida ênfase, o aspecto sagrado das celebrações litúrgicas. A liturgia, é um modo que temos para nos aproximarmos do Senhor, e participarmos de seus divinos mistérios, para que participando no ato litúrgico demos o exemplo [2]. A liturgia é também participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Nela, toda a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo. Pela liturgia, o homem interior lança raízes e alicerça-se no “grande amor com que o Pai nos amou” [3], em seu Filho bem-amado. É a mesma “maravilha de Deus” que é vivida e interiorizada por toda a oração, “em todo o tempo, no Espírito” [4].
A liturgia é um dom de Deus, uma vez que "toda celebração litúrgica, enquanto obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, é ação sagrada por excelência..."[5] por isso, todo cuidado, preparo e gasto para uma liturgia bem preparada é válido. Ao longo dos tempos, os cristãos ofertaram a Deus o melhor que podiam fazer na liturgia, principalmente pela beleza possível pelas mais finas artes, a fim de que os fiéis pudessem se colocar melhor para adorar e glorificar o Senhor. O Santo Tomás de Aquino escreve que a liturgia não é para Deus, mas para cada um de nós, fiéis, leigos ou clérigos. É claro que ela tem a Deus por fim; a liturgia sequer teria sentido se Deus não existisse e Cristo não fosse o Redentor por cujo sacrifício fomos salvos.
A liturgia não serve para engrandecer a Deus ou para Sua maior beleza, pois Ele já é infinitamente Grande, Belo e Glorioso, mais que isso a Liturgia serve para nos auxiliar a prestar culto a Deus. Uma liturgia celebrada com sacralidade e dignidade trará para quem dela participar ou assistir, um espírito de oração, piedade e respeito.
As ações litúrgicas devem ser celebradas com esmero e cuidado, tendo em vista que na Santa Missa, por exemplo é o próprio Cristo que se faz presente como vítima, sacerdote e altar, e a ele, toda honra, glória e dignidade. Na Igreja católica, a única igreja fundada por Jesus Cristo, estes três elementos são igualmente a base de todo seu culto, de suas celebrações litúrgicas: Sacerdote, Altar e Vítima (Sacrifício). Há um sacerdócio, instituído pelo próprio Jesus Cristo: fazer isto em memória de mim [6], disse o salvador aos seus apóstolos instituindo o santo sacrifício da missa; é importante ainda lembrar que a beleza da liturgia não está na ostentação. A ostentação dentro da Liturgia é enquadrada como uma das muitas maneiras de mundanismo espiritual, como foi dito pelo Papa Francisco; uma das tentações dos agentes pastorais. Deste perigo, disse o Santo Padre: "O mundanismo espiritual, que se esconde por detrás de aparências de religiosidade e até mesmo de amor à Igreja, é buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal”.
Tudo o que é realmente belo aponta para Deus. Dito de outro modo, na beleza contemplamos a Deus. Se sentimos saudade de Deus, também sentimos saudade do belo, e pelo belo chegamos a Deus. Tendo dado que a beleza na Liturgia não é um fim em si mesmo, qual a sua função na Liturgia? Na Liturgia temos a ação sagrada do homem por excelência, onde o próprio Deus permite que o homem ali o encontre e o receba dentro de si, como alimento espiritual. Se a beleza possui este dom de conduzir-nos para Deus, posto que é atributo do próprio Deus, e se na Liturgia devemos sempre encontrá-Lo, está aí a importância da beleza na Liturgia. "Referimo-nos aqui a este atributo da beleza, vista não enquanto mero esteticismo, mas como modalidade com que a verdade do amor de Deus em Cristo nos alcança, fascina e arrebata, fazendo-nos sair de nós mesmos e atraindo-nos assim para a nossa verdadeira vocação: o amor." [7]
A beleza na Liturgia, porém, não tem um valor meramente estético. Por meio dela, revela-se o esplendor da verdade cristã, a verdade de Cristo. Sendo assim, “Dever-se-á ter respeito e cuidado também pelos paramentos, alfaias, os vasos sagrados, para que, interligados de forma orgânica e ordenada, alimentem o enlevo pelo mistério de Deus, manifestem a unidade da fé e reforcem a devoção”’ [8]
Olhamos então a realidade da nossa igreja no Habbo. Hoje usamos de vários paramentos novos, que antigamente não existiam ou não tinha a possibilidade de usar. Um grande exemplo disso é dado pelos clérigos antigos ao relatarem como era os paramentos em seu tempo. Tivemos como exemplo dado a casula que antigamente era a camisa xadrez, com o colete já incluso. Outros exemplos foram dados como a mitra, a sobrepeliz que antigamente era a camisa com algumas listras no inferior e o báculo. Vemos também que a citada igreja sempre foi muito inclusiva com a questão dos paramentos. Prezando sempre para a maior dignidade da celebração do culto divino, mas também olhando para aqueles que estariam impossibilitados de usar tais roupas do catálogo, seja por falta do Habbo Club (HC), ou por falta dos câmbios, moedas virtuais do jogo. Assim sendo, a Igreja sempre optou por usar vestes disponíveis a todos os jogadores, sejam eles membros do Habbo Club ou não.  Tivemos então na igreja vários documentos, concílios, conferências, que falaram e definiram os paramentos que hoje usamos. Um exemplo disso é o Sacro Concílio Mariano Vaticano V de Sua Santidade o Papa Lucas II. Concílio este que estabeleceu vários dos paramentos que hoje usamos, e normas para os mesmos. Podemos citar aqui por exemplo as casulas, seja ela gótica ou romana, a sobrepeliz e a mitra.
Atualmente em nossa Igreja percebemos a enorme vontade dos clérigos de renovar e/ou incrementar novas roupas para serem usadas como paramentos, dando assim maior dignidade ao Culto prestado à Deus. Olhamos esse interesse dos clérigos como uma atitude extremamente válida, já que como foi falado aqui, todo cuidado, preparo e gasto para uma liturgia bem celebrada é válido.
Recentemente o Habbo tem lançado muitas roupas, muitas vestimentas novas que podem ser usadas como paramentos. Sendo assim, sabendo que a Liturgia é o embelezamento do culto a Deus e por isso uma Liturgia é essencial para que tenha um bom culto a Deus, a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos em unidade com a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, decidiu por bem abrir uma seleção para que sejam feitos novos paramentos que serão julgados dignos sobre o aval do Santo Padre o Papa João Paulo VII, para que sirvam como paramentos na prestação do Culto Divino e da Liturgia Sagrada.
Vendo então essa vontade dos clérigos e para mais fácil trabalho desta Congregação, desenvolvemos um formulário que pode ser acessado clicando aqui. O mesmo tem um aspecto visual bem simples, fácil de entender e usar. Por ele, sugestões de novos paramentos serão dados, julgados por esta mesma Congregação com o aval do Santo Padre.
Assim sendo, a quem quiser fazer uma sugestão de vestimenta que pode ser usada para maior dignidade da celebração do Culto Divino, Culto prestado a Deus, preencherá essa pequena seleção com algumas informações pessoais, como nome de clérigo, nick utilizado no jogo, uma foto da roupa que quer indicar e o que ela pode simbolizar na nossa Igreja. O formulário estará recebendo respostas a partir de hoje, domingo (04/07) às 12:00 e segue aberto até o sábado (05/07) nesse mesmo horário, 12:00. Após esses dias, todas as sugestões serão avaliadas e se consideradas dignas, começarão a ser usadas. Segue um exemplo de indicação.         


Vemos que se bem usado esta seleção será de grande proveito para nossa Igreja, para essa Congregação, para os clérigos e para maior embelezamento das celebrações litúrgicas. Exortamos ainda, que este formulário seja usado única e exclusivamente com a finalidade de dar sugestões de vestimentas para nossa igreja, ao ser usado para outros afins perde o sentido que é o de ajudar este Dicastério.
Sem mais, rogamos a Deus que nos dê a sabedoria necessária para escolher a partir desta seleção, novos paramentos para maior dignidade das celebrações Litúrgicas. Recomendamos a todos a materna intercessão da Virgem Mãe, para que nos leve a uma boa celebração em honra de seu Diletíssimo Filho Nosso Senhor Jesus Cristo.

Dado e passado em Roma no dia cinco de julho do ano da graça do Senhor de dois mil e vinte, sob a coroa de João Paulo VII.


+ Vito Alberti Cardeal Lavezzo
Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos


+ Idalécio M. Capellari v. K. e Araújo
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia






Referências:
[1] - Catecismo da Igreja Católica, n° 1069;
[2] - Catecismo da Igreja Católica, n° 1068;
[3] - Epístola de São Paulo aos Efésios 2, 4;
[4] - Epístola de São Paulo aos Efésios 6, 18;
[5] - Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, n° 7;
[6] - Narração do Evangelho segundo São Lucas 22, 19;
[7] - Papa Bento XVI, Sacramentum Caritatis, n° 35;
[8] - Papa Bento XVI, Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis n° 41.