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Carta Pastoral "DOMINI GRECIS" - da Sagrada Congregação para os Leigos

 

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CONGREGATIO PRO LAICIS

Carta-pastoral “DOMINI GRECIS”
Sobre a Assembleia dos Leigos

1. "Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo do céu” (Cf. Eclesiastes 3,1). A priori, a Santa Mãe Igreja vive os mais diversos tempos, sejam eles árduos, como quando ela crava a sementa na terra, fartos no ciclo ceifeiro ou pungentes como os períodos de escassez e fome. Em suma, o Corpo Místico de Cristo volve seus olhares para as necessidades do seu rebanho, para que como o pastor guia suas ovelhas ao aprisco, a mãe mostra o caminho ao filho, seja também a Igreja; pastora e mãe. (cf. Papa João Paulo I). Há dentro da Igreja um grandioso processo que sobrepuja a participação ativa dos ministros leigos no apostolado virtual, considerando as mudanças necessárias para a adaptação e inclusão dos leigos no serviço litúrgico e, de modo ímpar, no amabilíssimo serviço pastoral. Dentro desta realidade, vemos diversos momentos onde os leigos tiveram destaque por sua proficuidade ativa.
2. No pontificado de Sua Santidade Urbano III ­- que convocou o I Sínodo dos Leigos - voltando o olhar maternal da Igreja para os que servem e doam suas vidas por meio dos momentos litúrgicos, pastorais e “incentivo à participação dos leigos”. É visto na história do Povo de Deus que “desde tempos imemoriais foi permitido ao leigo auxiliar na celebração do Santo Sacrifício”, tomando mais força no Concílio Vaticano II, abertura da Igreja para o mundo. Entretanto, ainda hoje, nota-se certa resistência de sacerdotes à participação dos leigos nas funções litúrgicas que lhe competem." (Cf. Urbano III, Exo. Apo. SAL TERRAE). Nesse panorama iluminado pela discussão sinodal e visando enfrentar a resistência que há perante a participação dos leigos em funções que podem-lhes ser atribuídas, foram levantadas discussões sobre quais serviços podem e devem ser desempenhados por leigos, a forma de prepara-los, de anima-los e traze-los para o apostolado virtual. De antemão, é vista a necessidade de compreender os leigos como fiéis e missionários do Senhor em meio ao cotidiano, testemunhando principalmente através de seus atos. Portanto, se faz necessária a desconstrução do conceito pela qual os leigos são meros instrumentos para lotar igrejas e preencher bancos e, por meio dessa desconstrução retornar para nossa essência evangelizadora de proclamar e levar o evangelho aos irmãos e irmãs que estão presentes na nossa realidade habbiana.
3. Para nortear a grei do Senhor nos árduos é preciso “recordar o passado com gratidão e observar as modificações que nos trouxeram a atual relação de hoje, com vistas de planejar o futuro." (Cf. Urbano III, C. Past. COR ET ANIMA UMA). Muitos foram os santos que deram a vida para evangelizar o povo de Deus, como do latino Santo Oscar Romero, que viveu o real martírio pela igreja particular da qual foi pastor. Mesmo em tempos de opressão, é necessário que estejamos ao lado do povo de Deus, orientando-os, acolhendo e zelando por seu bem. Sobretudo no que diz respeito ao auxílio e direcionamento espiritual, que tem sido devastado nos tempos modernos pela ditadura do relativismo, como foi apresentado pelo teólogo alemão Joseph Ratzinger na missa Pro Eligendo Romano Pontifice, em 2005. Nos ventos modernos que sopram dentro da igreja, é necessário que possamos estar atentos aos ventos que chegam para manter a barca em movimento, soprando em suas velas e mantendo-a rumo à salvação. Mas, há também os ventos tempestuosos do relativismo e de muitas outras correntes ideológicas que tentam usufruir e aproveitar-se da missão leiga para viver evangelho inverídico. São esses os ventos responsáveis por abalar a Barca de Pedro, os ventos das correntes ideológicas dos poderosos e opressores, que se passam por pobres e oprimidos vivendo um falso evangelho e uma vã missão evangelizadora.
4. A missão dos leigos na Igreja é exercer o sacerdócio régio e zelar pela liturgia, como seu agente, participar ativamente dos serviços pastorais e colaborar para o bom desenvolvimento dos serviços presbiterais. O diaconato é conhecido como extensão do serviço episcopal, arrisco-me aqui em dizer que o leigo é a extensão do serviço presbiteral. "O leigo deve, junto do sacerdote, oferecer a Deus a oferenda de louvor e agradecimento, por meio da Santa Missa" (Cf. Gregório III, C. Enc. LUX MUNDI). É essencial a participação ativa dos fiéis leigos no apostolado virtual, partindo então do princípio de que os clérigos devem servir e evangelizar ao povo que está ao dispor do Evangelho. Consoante ao que diz respeito e importância à missão dos leigos na igreja, recordo do termo que por muitas vezes foi dito em assembleia e em outras discussões do clero, o clero viver um clericalismo um processo clericalizador. "Devo acrescentar a estes direcionamentos uma opinião, não podemos refletir sobre o tema do laical ignorando uma das maiores deformações que a Igreja no habbo vive, o clericalismo." (Cf. Gregório III, C. Enc. LUX MUNDI). Isto é, vivemos o momento onde o clero trabalha e vive em favor de si mesmo, em favor dos clérigos, se esquecem da essência de nosso apostolado; atingir e converter aos jogadores de habbo. Vivemos um período onde a missão evangelizadora é restrita no único ato de ser padre ou freira, uma vez que o comum é que sejam oferecidos apenas ambas oportunidades. Um período onde estruturamos e nos preocupamos em formar bons seminaristas, para serem bons padres que formam bons seminaristas, mas, estes não sabem como formar os ministros leigos, ou como inseri-los em seu apostolado e em suas igrejas particulares. Dizer que esse erro é oriundo das congregações responsáveis não seria correto, tampouco dizer que é um erro dos padres e bispos contemporâneos, por outras palavras, o atual cenário é fruto da construção cultural que permeia os primórdios de nosso ministério servil. Haja vista que a maior parte dos usuários da presente plataforma são integrados ao público juvenil, é preciso que estejamos de braços abertos e preparados para acolher em toda sua euforia jovem, e saber moldar, evangelizar e acolher esse público trabalhando encima de suas realidades, dificuldades, curiosidades e pendências.
5. "Deus é o autor da juventude e age em cada jovem. A juventude é um tempo abençoado para o jovem e uma bênção para a Igreja e o mundo. É uma alegria, uma canção de esperança e uma beatitude. Apreciar a juventude significa considerar este período da vida como um momento precioso, e não como uma fase de passagem onde os jovens se sentem empurrados para a idade adulta." (Cf. Francisco, Ex. Apo. CHRISTUS VIVIT). Desse modo, é preciso a compreensão e acolhida do espírito juvenil nos novos ares que sopram as velas da Barca Petrina, o espírito juvenil é renovador e por isso é necessário acolher e cuidar de nossos jovens. Destarte, voltamos nosso olhar a principal missão que se estende além do serviço litúrgicos e pastorais, passa ao primeiro chamado; a vocação dos Cristão Leigos em sua vida e seu serviço missionário em meio ao mundo. "A missão salvadora da Igreja no mundo realiza-se, não só pelos ministros, que o são em virtude do sacramento da Ordem, mas também por todos os fiéis leigos: estes, com efeito, por força da sua condição baptismal e da sua vocação específica, na medida própria e cada um, participam no múnus sacerdotal, profético e real de Cristo" (Cf. João Paulo II, Ex. Apo. CHRISTI FIDELES).
Reunidos pelo Espírito, o Santificador, a Igreja e o Povo de Deus sugerem que sejam estreitadas e apaziguadas as relações entre os clérigos e os fiéis leigos, e que haja uma pormenorização das funções laicais e clericais. Há ainda a necessidade de conter o tenaz efeito de clericalização que os fiéis estão submetidos, para que o nome do Senhor seja glorificado, nos céus, na Terra e abaixo da terra. Lutando contra o que versamos e amarrados ao espírito fraterno, sejamos DOMINI GREGIS.


Da sede da Congregação para os Leigos,
 na sexta-feira da II Semana da Páscoa, 24 de abril de 2020.

PREFEITO DA CONGREGAÇÃO PARA OS LEIGOS




Noêmia CARDOSO
Secretária